domingo, 3 de junho de 2012

Retornando.. com as cinzas

Recolho me no tormento dos dias, das noites em claro, nos dias que eu esperava o escuro. Procuro saídas, procuro confortos, procuro olhares a todos os cantos.
Olhares vazios que não me significam nada, palavras vazias jogadas ao vento, ao léu , e quando olho para o céu, não vejo apenas estrelas e a Lua, vejo estampado o rosto, o rosto do amor que permanece em mim.
Dias de promessas, sonhos jogados fora,  e com isso o medo nascendo, corroendo a esperança como se fosse ferrugem a fazer seu trabalho.
Travei, meus olhos perderam o brilho, o meu sorriso é sem graça, a saudade e a dor se tornaram unanimes e querem a todo custo me levar para o mais profundo, pois nas cinzas agora estou. Não sei se terei tanta força pra sair, me falta o ar, me falta o chão, onde me apoiarei?
O abraço que me daria forças, está agora longe de mim. Tão longe que um abismo nos separa, e não sei como atravessá-lo, não há luz, não tenho forças pra saltar sobre ele. É amor, o profundo que me aflige.
Será sina, quando dizem que sou o fruto da liberdade, que não terei alguém para o "todo sempre"? Realmente temo que isto seja verdade, posto que amei, amei sem limites, porém o sonho desmoronou e agora só me restaram as cinzas... que tiraram a cor da minha vida...
Hoje aprendi o que é morrer de amor.. quando perdemos a capacidade de nos entregar por completo pra outra pessoa, quando perdemos o interesse pelos demais habitantes do mundo, quando o sorriso não tem mais brilho,e os olhos perdem as cores,é porque acabamos morrendo de amor.