quarta-feira, 27 de janeiro de 2010


Agora, mais do que nunca quis me jogar de um penhasco e sentir o quanto a vida é frágil, é inútil, mas pensei em tanta coisa ao meu redor, e cheguei a conclusão de que não me nasceriam asas conforme minha queda fosse aumentando, e eu perderia a parte mais idiota da vidaque é sobreviver.
Da onde estaria a graça de estar até aqui, se lá em
meio a queda eu não teria uma segunda chance, para ver o Sol, nem para tentar arrumar todos os meus imbecis erros cometidos de fomar infantil.
Mesmo que, o momento seja tão triste quanto uma lagrima na face de um palhaço, mesmo que na verdade nada fica melhor, quando começa um caos, ele se espalha.
E assim, em meu devaneio, me vi mergulhando de cabeça numa escuridão, e um turbilhão de imagens vinham
descontroladas na minha mente, parecendo que minha
vida toda foi apenas flashs, mas de repente uma imagem
ficou muito tempo gravada na minha cabeça, eu eu podia
sacudir para mudar, mas não conseguia.
Era uma imagem clara, nitida, de um alguém, que era
mais importante que a mim mesma. E eu estiquei a mão
para tentar tocar, pois parecia tão forte em minha frente
e eu sabia que era a imagem do amor, mesmo distante
e como em uma força, tentei reverter a queda.
Queria estar no topo novamente, pra poder ver aqueles
olhos que me enfeitiçaram, o sorriso que me fez delirar
a voz, que me fez sonhar, mas a queda prosseguia, e
as asas não nasceriam.
Fechei meus olhos, e esperei o fim do penhasco, mas não
o senti, pois na verdade eu estive sempre ali, de pé
a borda sentindo o ar que vinha em minha direção, voltei
e corri aos braços de quem o amor me mostrou.
O desespero se foi, e o amor nasceu forte, sem fim,
e eu pedi para que nunca mais me deixasse partir.
Minhas mãos presas as suas, me deram a confiança, e deixei
para trás tudo que não era você, e a vida seguiu, e ainda
posso ver o Nascer e o pôr do Sol e seu corpo banhado
a luz da lua e amar, incondicionalmente.

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